Concurso Negros Dourados atrai representatividade para Cordeirópolis

Coordenadora do CRAS Jd. Eldorado e idealizadora do concurso, Giovana Tatajuba falou sobre a importância do evento que ocorre anualmente

Além de movimentos sociais que buscam por igualdade racial, as ações em prol da representatividade e apoio àqueles que mais precisam existentes no município de Cordeirópolis são fundamentais na luta contra o preconceito e pela valorização da cultura afrodescente. Desde 2013, ocorre o concurso “Negros Dourados”, organizado por um grupo de mulheres do Jardim Eldorado, que tem por objetivo promover a inclusão da população negra na sociedade em geral, destacando suas características particulares.

A organização do evento que ocorre anualmente fica por conta do COMPPIR – Conselho Municipal de Políticas Públicas da Igualdade Racial e por mulheres do bairro. Foi idealizado por Giovana Tatajuba, que tem um papel importante no serviço social da região. É coordenadora do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do Jd. Eldorado e atua há 9 anos como assistente Social efetiva no município. É graduada em Serviço Social pela primeira turma da Faculdade Municipal de Cordeirópolis Uniderp-Anhanguera. “Sempre atuei na Proteção Social Básica, área em que me identifico muito”, conta.

Giovana explica que a ideia do concurso Negros Dourados surgiu de trabalhos sociais realizados por mulheres junto ao CRAS. “Durante os encontros, eram discutidos assuntos relacionados aos cuidados com o corpo e saúde da mulher, situações de violência, autoestima, mulher no mercado de trabalho, entre outras temáticas. Diante dos relatos do grupo, surgiu a necessidade de trabalhar a questão do respeito à pessoa negra, inclusive considerando ser a sua maioria no ranking do desemprego e da violência doméstica”, disse.

Centenas de negras e negros já participaram do evento desde sua primeira edição, em 2013. No ano passado, mais de 70 pessoas afrodescendentes entre 4 e 52 anos marcaram presença. Passados 7 anos desde a primeira edição, Giovana e os organizadores enxergam uma evolução na luta contra o preconceito. “É possível observar maior representatividade da pessoa negra nos cursos superiores, no comércio, e no mercado de trabalho de modo geral”, frisou.

O concurso é realizado anualmente no segundo semestre. A edição deste ano não poderá ocorrer como normalmente, por conta da pandemia. O Compir e as mulheres da organização ainda estão estudando a melhor forma de organizar o evento.

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